A História das Mulheres que, mesmo depois de mortas, continuavam brigando

por Mundo Sombrio
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Em uma noite úmida de luar de agosto no início dos anos 1970, Barry Strawsell, de 17 anos, e seu melhor amigo, Tim Davis, de 18, deixaram suas namoradas Debbie Atkins e Judi Swanson em Hillfoot Road e foram para suas respectivas casas na Avenida Mather e Stamfordham Drive através de um atalho pelo Cemitério Allerton.

A lua estava cheia e os rapazes estavam cheios de bravatas e cidra e, apesar do cenário assustador, eles não nutriam pensamentos sobre fantasmas enquanto caminhavam pelo lugar dos mortos.

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‘A lua estava tão brilhante, era quase como o dia,’ Barry relembrou, ‘e eu e Tim conversamos sobre nossas namoradas, e Tim até mencionou que pediu em casamento sua namorada Judi. Fantasmas eram as coisas mais distantes de nossas mentes enquanto íamos para nossas casas. Já devia ser mais de meia-noite quando aconteceu.

Barry e Tim haviam andado cerca de seiscentos metros pelo cemitério quando ouviram uma voz de mulher gritando em algum lugar. Ela parecia angustiada, mas os adolescentes não conseguiam entender o que ela dizia.

“Ela pode estar sendo atacada”, disse Barry, “vamos ajudá-la.” Os meninos correram para o norte ao som da possível donzela em perigo, e demorou um pouco para encontrar a mulher pois seus gritos ecoavam nas lápides e foi Tim quem descobriu de onde vinha o som.

Ele apontou para o nordeste do cemitério e disse que dava para ver algo se movendo. Os rapazes caminharam até o local indicado por Tim e se depararam com uma cena que parecia tirada de uma história de Edgar Allan Poe.

Havia uma cova aberta, torrões de terra e lama estavam sendo jogados para fora dela. A lápide de mármore branco derrubada desta sepultura estava a cerca de quinze metros de distância – como se tivesse sido jogada lá.

‘O que é isso?’ perguntou trêmulo Tim, imaginando uma toupeira gigante trabalhando, mas então uma mulher em um vestido branco – ou talvez uma mortalha – com cabelos escuros na altura dos ombros e um rosto muito pálido – saiu flutuando da sepultura. Ela gritou para os rapazes aterrorizados:

‘Não vou dividir o túmulo com aquela vaca!’

Barry e Tim correram para fora do cemitério o mais rápido que suas pernas podiam levá-los. Em certo ponto Tim tropeçou e se estabacou no chão. Barry o ajudou a se levantar e assegurou ao amigo que, fosse lá o que fosse aquela mulher, ela não os estava seguindo, mas mesmo assim os meninos saíram do cemitério de Allerton como se não houvesse o amanhã.

Os pais dos meninos não acreditaram em sua história macabra, mas no dia seguinte, o Liverpool Echo relatou que vândalos haviam profanado uma sepultura no cemitério Allerton e escavaram tanto o solo acima da sepultura que o caixão tinha sido exposto.

A lápide de mármore branco da sepultura também havia sido arrancada e jogada a uma distância considerável.

O artigo do jornal levou muitos leitores a entrar em contato para dizer que nenhum vândalo foi o responsável; tinha sido uma das duas mulheres enterradas naquele túmulo, e o marido dessas duas falecidas esposas mais tarde entrou em contato com o jornal e confirmou isso.

O homem, chamado Roy, casou-se com sua primeira esposa na década de 1960 e ela morreu tragicamente alguns anos depois de uma grave doença. Sua segunda esposa, uma órfã que não tinha família, morreu mais tarde em um acidente de trânsito, ela conhecia a primeira esposa do homem e não se dava bem com ela.

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Mesmo assim, o marido enterrou sua segunda esposa na mesma cova onde sua primeira esposa estava descansando e ele tinha planos de ser enterrado com suas duas esposas um dia – a menos que ele conhecesse alguém – já que só havia lugar para mais uma.

Então Roy foi até a sepultura perturbada, arrancou sua lápide e a destruiu. No final, os coveiros encontraram toda a terra escavada e muitas das pessoas que visitavam os túmulos de entes queridos também testemunharam a sepultura que ‘se escavava sozinha’.

O marido acabou mandando exumar sua “problemática” esposa – e crema-la. Ele então espalhou as cinzas dela no Mersey e jogou a urna no rio também, para evitar futuros problemas.

Autor: Tom Slemen , que é um escritor de Liverpool, conhecido principalmente como o autor da série de livros best-seller Haunted Liverpool, que documenta incidentes paranormais e crimes não resolvidos ou incomuns.

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