Regis montou em sua moto e partiu da cidade pra roça do seu avô, decidiu que ia curtir o fim de semana por lá. Enquanto observava a paisagem verde ao lado da estrada pensava em como iria curtir tomar banho no rio da roça, relaxar apreciando a natureza e é claro, conversar com seus avós.
Regis olha pro relógio verificando as horas e ao erguer a cabeça percebe um caminhão vindo em sua direção, estava muito perto, ele rapidamente contornou a moto para a direita, desviando-se do caminhão. “Puxa vida, essa foi por pouco!”, suspira aliviado.
Regis tira a mochila das costas e bebe um pouco de água. “Preciso chegar logo na roça do vô, tá quase anoitecendo!”.
Regis retirou sua camisa preta e secou seu rosto, vestiu de volta a camisa e montou na moto de novo. Regis deu a partida e a moto não saía do lugar, deu a partida mais algumas vezes e não adiantava.
“Caramba, logo agora!”. Então teve uma ideia “Vou carregar a moto até um posto ou borracharia a frente, talvez consertem ela!”.
Enquanto caminhava com a moto Regis observava o belo por-do-sol, então percebeu um caminhão vindo atrás de si, então resolveu pedir carona, ou algum tipo de ajuda. O caminhão foi chegando perto e passou direto sem parar. Os olhos de Regis se arregalam quando percebeu que o caminhão foi ficando transparente desaparecendo aos poucos. “Meu Deus, esse é o mesmo caminhão que quase me atropelou!”.
Ele fez o sinal da cruz em si e prosseguiu em direção a roça do avô.
Já estava escuro e Regis retirou uma lanterna da mochila, acendeu e continuou a caminhar.
Mais a frente escutou um grito, era de mulher e vindo da estrada a frente. Ele iluminou com a lanterna e viu uma mulher caída. “Socorro, me ajuda!”. Regis observou que ela tava com uma fratura exposta na perna e sangue saía de sua boca.
“Dona, não se preocupa que vou ligar pra uma ambulância vir de buscar!”. Ele começou a digitar números no celular e alguém atendeu do outro lado “Serviços de Emergência, boa noite, em que posso ajudá-lo?”.
Regis respondeu “Tem uma mulher aqui precisan…” quando olhou pra estrada não viu mais ngm.
Arrepiado Regis caminha depressa com sua lanterna na mão e moto em meio a escuridão daquela estrada deserta.
Ele escutou sons de cochicho pelas margens do caminho e prosseguiu até que avistou um posto de gasolina. “Graças a Deus, cheguei num posto!”.
Quando chegou perto do frentista logo perguntou “Moço, quero consertar minha moto? Ou pelo menos saber qual o problema dela!”.
O frentista abriu a boca e começou a falar cuspindo sangue “Você quer ir pra onde de moto?!
Você não vai a lugar algum!”, e começou a dar uma risada alta e forte enquanto as luzes do posto se apagaram.
Regis deixou sua moto e com a laterna na mão saiu correndo. Logo notou um carro vindo atrás de si e deu sinal.
O carro parou. “Por favor, me dê uma carona!”, pediu Regis.
“É claro, entra aí!”, disse o motorista que estava com uma mulher do lado.
Regis ficou no banco de trás, enquanto o carro prosseguia. “Essa noite eu tô vendo coisas, preciso encontrar logo meus avós”, disse Regis. “Essa estrada a noite é assombrada mesmo, pelo que fiquei sabendo, os fantasmas que se veem são de pessoas que morreram por aqui!”, relatou o motorista. “Relaxa, vc está aqui dentro!” disse a mulher e continuou “Os fantasmas dessa estrada não podem feri-lo, só quem tá morto ou entre a vida e a morte podem vê-los! E é muito difícil ver um vivo por aqui a noite!”.
O coração de Regis acelerou ao perceber que o motorista e a mulher estavam pálidos e havia um furinho na cabeça dele e dela. “Fomos assaltados e assassinados nessa estrada há alguns anos!”.
Regis grita “Quero descer do carro!!!”.
“Claro que vai descer, bem ali onde estão aqueles bombeiros e policiais a frente.
O carro parou e Regis correu em direção a polícia e notou que havia um corpo no chão do lado de uma moto. Tbm notou um motorista de caminhão que dizia “Foi tudo muito rápido, quando vi a moto tava perto demais, não tive como evitar o acidente!”, respirou fundo o motorista.
O policial descobriu o rosto do motoqueiro, Regis notou que era o rosto dele caído e pálido. O policial pegou no pulso e sentenciou “Infelizmente ele está morto!”.
Uma lágrima rolou dos olhos de Regis que pensando em sua família e amigos disse “Eu só queria me divertir neste fim de semana mas esta foi a minha última viagem!”.
História de Terror escrita por Joabe dos Santos