Durante meses uma cidade do interior paulista foi assombrada por um assassino. Ele escolhia suas vítimas aleatoriamente. Homens, mulheres, ricos, pobres, enfim… Qualquer pessoa estava sujeita a ser atacada pelo maníaco, que sempre marcava suas vítimas com um “X” na testa. Os policiais diziam que simbolizava que o alvo havia sido encontrado.
Depois de mais de vinte mortes, com todas as vítimas sendo marcadas pelo “X”, o assassino desapareceu. Óbvio que as ocorrências policiais e outros homicídios aconteceram, mas não da mesma maneira. Não com a mesma crueldade, portanto, o assassino não estava mais na cidade.
O período de calmaria foi curto. Pouco mais de nove meses se passaram e as mortes brutais recomeçaram.
O delegado responsável pelo caso disse que nunca imaginou ver cenas como aquelas. Pessoas degoladas, mutiladas e em alguns casos até mesmo empaladas.
A única coisa em comum entre as vítimas era a ficha criminal. Todas elas já haviam sido presas por diversos crimes. De tráfico à latrocínio.
Durante uma batida policial, um carro foi parado. Dentro dele estavam duas mulheres inconscientes no banco de trás. Ao ser indagado o motorista disse que estava dando carona para duas amigas que ficaram bêbadas depois de ir à uma festa. Como as garotas estavam cheirando a álcool e nada foi encontrado no veículo, os policiais acreditaram na história e deixaram o motorista seguir viagem com suas amigas. Duas semanas após o ocorrido, os corpos carbonizados das garotas foram encontrados.
Numa noite fria e chuvosa, o assassino andava pela rua e viu uma mulher entrar na casa com sua filha bebê. A mãe da criança estava com sacolas de mercado e o maníaco, gentilmente ofereceu ajuda.
Uma jovem mãe cansada com a rotina da maternidade e uma bebê; vítimas fáceis demais para um assassino tão cruel, não fosse pelo fato da jovem ser policial. Mas ela não faria nada com o assassino. Ela não queria machucá-lo, pois ela o amava. O psicopata era seu marido e pai de sua filha e ela nunca soube que tal segredo seria tão bem guardado.