O Tabuleiro Ouija

por Mundo Sombrio
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Um gosto de sangue seco na boca, dores por todo corpo e a sensação mórbida de não lembrar o que aconteceu. Acordo lentamente em um local imundo, sinto o cheiro de podridão e sangue fresco, olho ao meu redor e vejo sangue por toda parte! Tento me levantar e caio de joelhos, vejo um cordão no chão com um pingente de lua, tento me recordar de algo, mas nada vem à minha mente. Mais uma tentativa de me levantar, me apoio sobre as paredes e vou caminhando em direção à luz. Quando chego no final do corredor, percebo que estou no cemitério.

— Que porra é essa? Me lembro de ter combinado com meus amigos uma resenha na casa do Artur. Como vim parar aqui?

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O sol queima o meu rosto e faz arder os machucados que estão espalhados pelo meu corpo. Vou passando pelas tumbas a procura de alguém para pedir socorro e sinto um forte cheiro de carne podre. Olho para o lado e vejo um monte de pássaros em cima de algo, com certeza algum animal morto.Quando me aproximo posso ver nitidamente umas pernas. Ao me aproximar mais vejo o meu amigo Artur, com a barriga aberta e os pássaros em cima dele comendo suas entranhas. Ele está deitado ao lado de um tumba.

Paro e começo a vomitar. Meu corpo todo estremece. Tento correr, mas não consigo, pois tudo dói. Logo mais a frente vejo mais um corpo. Minha amiga Carolina, a dona do pingente, me vem então uma lembrança do dia que ela comprou ele e começo a chorar. Ela está deitada em cima de uma tumba com a garganta cortada e os olhos abertos!

Mesmo com muita dor comecei a andar mais rápido e, quase na porta do cemitério, encontro minha irmã sentada de frente para uma tumba, do lado do tabuleiro ouija. Então me vem à memória tudo aquilo o que eu nunca deveria ter lembrado:

Estávamos na casa do meu amigo Artur quando ele decidiu jogar esse jogo no cemitério do lado da sua casa, eu não quis, mas insistiram.

Tudo estava tão patético, que eu não acreditava que tinham medo daquilo, até que veio um espírito e o ponteiro começou a mexer. Eu jurava que era o Artur! Achei ridículo. Tirei o dedo e eles gritaram. Agora só lembro em flashes; eu caindo no chão e algo tentando me dominar; eu pegando o punhal do Artur e os matando um a um. Caí no chão novamente em prantos, fui me arrastando até minha irmã e vi seus olhos perfurados, seu corpo gélido. Nesse momento chegaram muitas pessoas.

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Relato isso a vocês em um momento de sobriedade, que raramente acontece aqui nessa clínica psiquiátrica.

Por: Anônimo

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