Karine adentrou na sala enorme da empresa que planejava ter uma oportunidade de trabalho. Ela era completamente inexperiente e desqualificada para exercer qualquer emprego naquela empresa, ainda mais para a vaga de secretária que ia disputar com outra moça.
As duas seguiram até a sala de espera e se acomodaram para esperar que seus nomes fossem chamados. Karine precisava ter aquele emprego, pois já imaginava como seria sua vida com aquele salário gordo nos bolsos. A ajudante chamou primeiro a outra moça e, depois de finalizar a entrevista, dispensou Karine, pois aquela jovem era a opção perfeita para a vaga. Então, recolheram apenas o número de telefone da jovem para algum eventual erro com a outra escolhida, afinal eles checavam toda a vida da pessoa antes de contratar.
Karine deixou seu contato e passou a arquitetar mentalmente o que ela poderia fazer para que ganhasse o emprego. Ela precisava ter roupas novas, queria uma reforma em casa, outros sapatos e, se possível, um carro novinho. Karine já imaginava em quê iria gastar os salários que ganharia, por isso a moça precisava agir logo.
Seu primo por parte de pai, era um químico que trabalhava para um ambulatório na região. A moça se encontrou com ele e pegou uma substância que, segundo o rapaz, era imperceptível nos testes toxicológicos e, principalmente, no exame de autópsia. Era só colocar no café ou qualquer líquido para que a pessoa ingerisse. Karine agradeceu e foi para casa.
Durante alguns dias, refletiu sobre matar uma pessoa e como isso parecia horrível, pois era contra sua ética pessoal. Por outro lado, pesou sobre o que ela poderia ganhar com aquela oportunidade de serviço, como coisas melhores e a oportunidade de ser algo de mais prestígio na organização. Karine ponderou os dois lados e decidiu fazer o que seu coração mais desejava naquele momento em que sua ganância estava a mil.
Na manhã seguinte, a moça foi até a empresa e deu um jeito de colocar a substância dentro do café de sua concorrente que, nesse momento, já tinha assumido o posto de secretária na empresa. Pela câmera de segurança, o pecado da Avareza observava uma das suas façanhas enquanto bebia um gole de seu uísque na pele do dono daquela empresa multinacional.
Um sorriso enorme e sádico surgiu em seus lábios e se deliciou do momento em que sua secretária bebeu o café envenenado e foi cumprir suas obrigações na mesa. Não chegou a fazer meia hora de trabalho e a moça caiu morta sobre os documentos que estavam sobre a mesa.
Avareza chamou a emergência pelo telefone e aproveitou para ligar para Karine. Ele amou sentir o gosto da ganância da moça e queria saber o que mais ela poderia fazer para crescer na vida.
História de Terror escrita por Contos de Ula