Não é a primeira vez que carrego espíritos dentro do carro, mas essa com certeza foi com quem tive uma leve conversa.
Estou trabalhando como motorista de aplicativo já algum tempo, levando todos os tipos de pessoas, sempre conversando um pouco sobre tudo. No ano passado no dia 25/12/2023, por volta das 11 horas da manhã, acabei por pegar um passageiro que na verdade era um demônio. Mas não pensem que eles são feios, eles não são como retratados em imagens, mas são pessoas como nós. O que realmente difere é aquele mal cheiro, como se tivesse morrido, um cheiro podre de carne, isso é o ENXOFRE DO INFERNO. Mas na verdade a verdadeira história não é essa e sim o que aconteceu nesta de semana do mês de março.
Isso aconteceu no dia 19/03/2024 por volta das 19 horas da noite.
Como de costume, as vezes gosto de prolongar um pouco mais da meta batida, o que vier é lucro. Estava com uma passageira que não me lembro o nome (são tantos), tinha pego ela no Jardim Paulista (Jardins) e era pra deixar atrás do Cemitério da Consolação. E assim o fiz, no caminho de um percurso rápido, porém demorado, pois tinha acabado de chover. Pegamos a Rua Bela Cintra e descemos até quase o final para pegar a Rua da Consolação e após o Cemitério com o mesmo nome, entramos a direita, e assim novamente. Descendo um pouco mais, deixei a passageira próximo de uma praça, e foi neste momento que entrou aquela passageira do nada. Pra falar a verdade, sempre achei um pouco fantasioso aquelas histórias de taxistas, mas descobri que não fantasioso.
O ar do carro estava ligado, mas ainda assim eu senti a presença daquela moça, olhei pelo retrovisor e lá estava ela, era como se fosse uma pessoa em carne e osso. O seu vestido era diferente, talvez dos anos 30 ou 40. Ela entrou no carro e pediu:
– Senhor Taxista poderia me levar para a casa dos meus pais? Eu já estou atrasada.
Eu logo em seguida retruquei:
– Desculpe moça, mas não poderei te levar. Primeiro que não sou Taxista, outro que você já morreu há muito tempo atrás!
– Moço, eu não morri!
– Sim, você já faleceu, só não percebeu que você vem fazendo isso já há muito tempo. Está na hora de você partir e reconhecer que você faleceu, e creio que seus pais também já partiram. Tenho certeza que eles devem estar te aguardando do outro lado, o lado que você deveria estar há muito tempo.
– Obrigada moço, agora eu sinto.
Neste momento uma pequena luz surgiu dentro do carro e vi aquela moça desaparecer aos poucos dentro do carro.
Frequentemente ocorre esses encontros comigo, porém esse foi o acontecimento que tive uma conversa um pouco mais longa. Alguns espíritos não sabem que faleceram e ainda continuam aqui no nosso plano, as vezes eu ajudo como neste caso.
História de Terror escrita por Cristian Hass Arikawa