Além de ser um famoso ponto que oferece uma visão privilegiada e direta para a procissão do Círio de Nazaré, o edifício Manoel Pinto da Silva coleciona algumas histórias sobrenaturais que foram surgindo com o decorrer do tempo.
Construído na década de 1950, na época reconhecido como o maior arranha-céu da Região Amazônica, até hoje tem contos sobre assombrações que sobem e descem de seus elevadores. Miguel Gonzaga de 65 anos, é zelador do edifício há 43 anos. Ele conta que já ouviu relatos de vários moradores:
“Fazemos a manutenção da sala de máquinas, que fica no 26º andar. Não tenho medo, mas já aconteceu, por muitas vezes, de eu me arrepiar do nada. Um antigo morador do 25º, antes de ir embora, contou que já viu uma moça loira passar por ele no corredor e desaparecer em seguida. Eu que não duvido”, diz.
Há 13 anos trabalhando como porteiro do edifício Manoel Pinto da Silva, Luiz Fernando Menezes, 34, também já ouviu histórias assustadoras entrarem e saírem pelo portão principal:
“Uma ex-moradora disse que sempre via crianças no corredor. A gente tinha que acompanhá-la até lá em cima, porque ela era traumatizada mesmo. Não subia sozinha de jeito nenhum. Acredito que só vê ou escuta as visagens quem tem esse dom, sabe? Eu subo e desço dia e noite, faço rondas sozinho e não vejo nada”.
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Já Edson Silva, 41 anos, que trabalha em um carrinho de venda de sanduíches em frente ao edifício Manoel Pinto da Silva, revela não só ter visto, mas também atendido um dos fantasmas daquele prédio:
“Era dia primeiro de novembro de 2011, véspera do Dia de Finados, uma senhorinha veio aqui, pediu um ‘X-Frango’ e perguntou se a gente aceitava cartão. Quando eu respondi que não, ela disse que iria voltar pro Manoel Pinto para pegar o dinheiro. Eu falei que a gente poderia fazer a entrega e receber o valor no apartamento. Ela concordou e falou para deixar no apartamento 1403. Perguntei se era pra levar troco, ela não respondeu mais nada. O rapaz que trabalhava comigo foi entregar, ficou uma meia hora batendo na porta até que um vizinho do lado saiu e informou que não morava mais ninguém lá. Que antes era uma senhora, que já havia falecido”, lembra o rapaz.
No dia seguinte, Edson voltou ao edifício para buscar mais informações:
“O síndico me disse que, no apartamento 1403, morava a dona Nazaré, porém, que ela não estava mais viva há 2 anos. Um tempo depois, uma das filhas daquela senhora veio fazer algo no apartamento, eu encontrei com ela e contei a história toda. Para o meu espanto, a filha confirmou que as características físicas batiam com as da sua mãe. E o mais impressionante: que a dona Nazaré, quando viva, só comia sanduíche de frango”, finaliza, deixando muito mistério no ar.
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