Maria Crocifissa della Concezione, nascida como Isabella Tomasi, vivia como freira em um convento siciliano de Palma di Montechiaro. Um dia, na parte da manhã, a freira acordou coberta de tinta e uma série de cartas escritas em código, segundo conta a história.
A freira disse que tais cartas tinham sido escritas enquanto ela estava possuída pelo Diabo. Ela tinha 15 textos originais, porém, sobrou apenas um. O impressionante é que o conteúdo da única carta que restou nunca havia sido decifrado antes. Vários especialistas analisaram a carta nos últimos séculos, mas nenhum deles tinha conseguido descodificar a carta.
Decodificação da Carta
Para conseguir decodificar a carta, os pesquisadores italianos usaram o mesmo algoritmo utilizado por departamentos do governo para crackear códigos secretos. Com essa tecnologia eles conseguiram traduzir várias linhas da carta.
Nas tais linhas estão escritas críticas à Igreja e à Santíssima Trindade. Tem também uma afirmação de que Deus é apenas uma invenção dos humanos e que a Santíssima Trindade (forma que a Igreja Católica usa para identificar Deus como Pai, Filho e Espírito Santo) é um “peso morto”.
A carta ainda dizia que que talvez o conceito do Estige (que na mitologia greco-romana se trata do rio que separa o mundo dos vivos do mundo dos mortos) esteja certo. O restante da carta tem algumas coisas que ainda não fazem sentido.
Possessão ou Loucura?
Alguns especialistas acham que tal freira era esquizofrênica ou sofria de bipolaridade. Como ela estava no convento desde os seus 15 anos de idade, esse tempo todo deixou a freira um tanto perturbada. A carta foi escrita usando uma mistura complexa de letras gregas, romanas e símbolos inventados. Nessa época a carta escrita indiretamente pelo Diabo se tornou uma prova da luta contra vários espíritos malignos.