Pai: Ei, filho!
Filho: Oi, pai. O que foi?
Pai: Desculpe, não vou conseguir voltar pra casa hoje. Eu estou atolado no trabalho.
Pai: É apenas por uma noite. Estarei em casa amanhã.
Pai: Você tem certeza de que está bem sozinho?
Pai: Se quiser eu chamo uma babá pra você…
Filho: AFF! Eu não preciso de babá.
Filho: Eu já tenho 10 anos. Eu posso me cuidar.
Pai: Você tem certeza? Pode ser assustador passar a noite sozinho.
Filho: Sim, tenho certeza.
Pai: Bem, já passou da sua hora de dormir.
Filho: AFF!
Pai: Que tal eu contar uma história para você dormir?
Filho: O senhor acha que deve?
Pai: Algo errado?
Filho: Essa vai ser outra história ruim?
Pai: Quê!? Eu pensei que você gostasse das minhas histórias.
Filho: Talvez quando eu era menor, mas elas não são mais tão assustadoras agora.
Pai: Tudo bem. Entendi. Então agora você tem 10 anos e já um grande homem.
Pai: Você cresceu e nada mais pode te assustar.
Filho: Bem… Suas histórias são meio estúpidas.
Filho: Desculpe pai, estou só falando a verdade.
Filho: Se você vai contar uma história assustadora, precisa ter certeza de que é MUITO assustadora.
Pai: Entendo…
Pai: Bem, tem uma história que eu poderia lhe contar…
Pai: Mas… eu não sei…
Pai: Pode ser um pouco assustadora demais.
Filho: Eu posso lidar com isso.
Pai: OK … Aqui vamos nós então.
Pai: Era uma vez um garoto chamado Colby.
Filho: AFF! É um conto de fadas!?
Pai: Tenha paciência comigo…
Pai: Esse garoto chamado Colby usava muito a Internet.
Pai: Ele costumava entrar em vários sites.
Pai: Então começou a conversar com outras crianças online.
Pai: Ele fez amizade com um garoto chamado StrangerDanger23.
Pai: Eles gostavam dos mesmos filmes e programas de TV.
Pai: Também jogaram jogos online juntos.
Pai: Eles conversavam e riam das piadas um do outro.
Filho: Então eles se casaram e viveram felizes para sempre. FIM!
Pai: Não é bem assim…
Pai: Depois de terem sido amigos por alguns meses.
Pai: StrangerDanger23 soube que o aniversário de Colby estava chegando.
Pai: Desde que se tornaram “melhores amigos”, StrangerDanger23 tinha vontade lhe enviar um presente legal.
Pai: Então ele pediu o endereço de casa de Colby.
Pai: Colby meio que desconversou no início
Pai: Mas pensou nisso por um tempo.
Pai: Ele já conversava com o StrangerDanger23 há muito tempo. Então ele achou que não faria mal dar o endereço dele para o amigo.
Pai: Desde que ele prometesse não dar a mais ninguém.
Pai: O amigo virtual jurou que não faria.
Pai: Então Colby deu o endereço e StrangerDanger23 disse que enviaria o pacote imediatamente.
Pai: Você acha que foi uma boa ideia?
Filho: Hum… provavelmente não.
Pai: Bem, depois de um tempo, Colby também descobriu que não.
Pai: Seus pais sempre lhe disseram para não fazer isso.
Pai: Ele ficou muito nervoso e se sentiu muito culpado por isso.
Pai: O medo e a culpa cresceram demais e passaram a corroê-lo por dentro.
Pai: Na hora de dormir na noite seguinte, ele decidiu contar aos seus pais o que havia feito.
Pai: Talvez eles ficassem com raiva e o punissem, mas isso tiraria o peso da culpa das suas costas.
Pai: Ele ficou deitado em sua cama esperando seus pais subirem para lhe dar boa noite.
Pai: Ele conseguia perceber todos os sons da casa: O zumbido da geladeira na cozinha, o som da TV na sala de estar, os gritos de seu irmão bebê no quarto ao lado, os pingos da chuva caindo suavemente lá fora e o raspar dos galhos contra a janela.
Filho: Esta história está tão chata que estou ficando com sono.
Pai: Finalmente, ele ouviu os passos de seu pai subindo as escadas.
Pai: “Ei pai?”, Colby gritou nervosamente.
Pai: “Posso falar com você por um minuto?”
Pai: Na escuridão, ele viu a porta do quarto se abrir lentamente.
Pai: O pai dele enfiou a cabeça pela porta.
Pai: “Sim, filho”, disse o pai com uma voz abafada.
Pai: “Você está bem, pai?”, Perguntou o garoto.
Pai: “Sim, filho”, respondeu o pai.
Pai: “Ummm … mamãe está por aí?”
Pai: “Estou aqui!” Disse a mãe com uma voz estridente.
Pai: Ela enfiou a cabeça pela porta também.
Pai: “O que você quer nos dizer?” Ela perguntou.
Pai: “Hum … acho que cometi um grande erro”, disse Colby.
Pai: “acidentalmente dei nosso endereço a alguém na internet”
Pai: “Oh, você não deveria ter feito isso!”, Disse a mãe.
Pai: “Dissemos para você nunca fazer isso!”
Pai: “Para quem você entregou o endereço?”, perguntou o pai.
Pai: “Hum … um garoto chamado StrangerDanger23”, disse Colby.
Pai: “Ah, mas ele não é uma criança!”, Disse a mãe.
Pai: “Ele apenas fingiu ser uma criança para enganar você.”
Pai: “E você sabe o que ele fez?”
Pai: “Ele invadiu nossa casa e matou nós dois!”
Pai: “Só para que ele pudesse passar algum tempo com você!”
Filho: Oh Deus!!!
Pai: De repente, a porta se abriu.
Pai: Um homem gordo com uma capa de chuva amarela estava parado na porta.
Pai: Ele segurava algo em suas mãos:
Pai: As cabeças decepadas da mãe e do pai de Colby.
Pai: Colby ofegou e soltou um grito de terror.
Pai: O homem deixou cair as cabeças no chão e tirou uma faca da cintura.
Filho: NÃO! NÃO! NÃO!
Pai: Depois de várias horas de ataques, o garoto estava quase morto.
Pai: seus gritos aterrorizados se tornaram choramingos lamentáveis.
Pai: Então o assassino percebeu algo.
Pai: Ele ouviu o bebê chorando no outro quarto
Pai: Ele se abaixou e tirou a faca que estava cravada no que já foi um dia Colby
Pai: Então, o homem se virou e seguiu o som dos gritos do bebê.
Pai: Ele foi até o berço, pegou o bebê e o segurou em seus braços.
Pai: Então, de repente, o bebê parou de chorar, olhou para o assassino e sorriu.
Pai: O homem nunca teve um bebê antes.
Pai: Ele acariciou a bochecha do bebê, saiu do berçário e levou-o embora com ele.
Pai: Ele levou o bebê para casa, criou como se fosse seu próprio filho e deu a ele o nome de William.
Filho: Pai … meu nome é William!
Pai: Eu sei que é, filho.
Pai: filho?
Pai: Will?
Pai: William?
Pai: Você ainda está aí, filho?
Pai: Essa história foi assustadora o suficiente para você?
Pai: Quer ouvir outra!
Pai: \o/. Durma bem, filho! Te amo!