As Mães Também Mentem

por Mundo Sombrio
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Parece que alguém fechou a porta do meu quarto com muita força. Acordei muito espantado. Meu coração quase saiu pela boca. Dei um grito. Chamei minha mãe, mas logo lembrei que ela não estava, pois foi fazer uma viagem importante a negócios. Que droga! O que vou fazer agora? Estou só em casa, ou não? Pelo menos deveria estar.

Pulei da cama e corri pra porta. Bateu um frio na barriga, mas eu tinha que abrí-la e checar o que tinha feito o barulho.

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Estava tudo muito escuro no corredor. Nunca gostei de corredores, muito menos escuros daquele jeito.

Fechei a porta, ainda morrendo de medo e fui me deitar. Logo percebi entrando pela janela a luz do carro da minha mãe. Esperei ela entrar e acender as luzes da casa. Ela veio me ver e eu comecei a chorar me borrando todo. Soluçava muito. Passou a mão na minha cabeça e me abraçou muito forte. Estava muito preocupada comigo e perguntava o que tinha acontecido na ausência dela:

– Mãe! Tinha alguma coisa aqui no meu quarto! – Eu disse.

– Deve ter sido apenas o vento filho. Não deve ter sido nada. Olha aqui – me mostrou apontando a janela – Está vendo? A janela está aberta.

Seu burro! Como é que você não percebeu que a janela estava aberta?

Com certeza foi o vento, mas…

– Tem certeza que foi o vento mãe? Eu não senti nada…

– Claro filhote! O que mais poderia ser? Você estava sozinho aqui. Não tinha ninguém, mas não se preocupe, mamãe está aqui com você e não vou deixar mal nenhum te acontecer viu? Agora durma direitinho que mamãe está cansada.

– Tudo bem mamãe! Vou dormir. Boa noite – eu completei.

Ela foi pro quarto e eu me pus a dormir.

Eram três horas da manhã quando senti algo puxando meu lençol. Fingi que dormia e olhei pelo “rabo” do olho. Enxerguei um vulto no canto do quarto. Parecia uma pessoa agachada, mas realmente? Eu não queria ter visto nada.

Tentei sair correndo, mas algo me paralisava na cama. O medo me dominou com certeza. O ar estava gelado, não conseguia gritar pra chamar minha mãe. Meu corpo formigava, perdi completamente o controle sobre ele.

Do nada abri os olhos. Já era manhã.

Como isso aconteceu? Na verdade… O QUE ACONTECEU?

Decidi contar à minha mãe o ocorrido na noite anterior.

Ela fez uma cara de espanto e falou:

– Meu filho, com certeza não era nada. Isso é normal. Acontece comigo às vezes. Quando ficamos com medo parece que nosso corpo não obedece, mas é assim mesmo. É apenas medo.

Ela estava muito estranha, mas era minha mãe. Ela não poderia estar mentindo, mesmo porque ela vivia dizendo que não mentia, mas eu sabia que ela mentia às vezes. Mentiras pequeninas, mas mentia. O mais engraçado é que quando ela mentia algo sempre dava errado pra ela. Ela acha que eu não sei, mas sei.

– Mas mãe! Eu vi. Sei que vi. Tinha alguém no meu quarto. Estava agachado lá no canto. Eu vi mãe. Parecia…

– Menino! – gritou me interrompendo – Eu já disse que não era nada! Foi apenas um golpe de vista. Não existe nada e nem ninguém nessa casa. Só nós, apenas nós dois. Então pare já com essa “munganga” e vai se aprontar pra ir pra escola!

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Eu sabia que ela não ia acreditar. Nem deveria ter contado.

Passei o dia inteiro na escola e minha mãe trabalhando. Quando voltei pra casa já era noite e adivinhem! Não tinha ninguém lá. Minha mãe não tinha chegado ainda, mas eu tinha que entrar, não podia ficar na rua.

Tomei banho e fui pro quarto. Sempre tive o costume de estudar antes de dormir. Então sentei na escrivaninha do quarto, acendi o abajur e comecei o dever de matemática.

BAM! Um barulho imenso veio lá de baixo. BAM! BAM! As portas com certeza estavam batendo e muito forte. Apaguei o abajur bem rápido, pulei na cama e me cobri bem rápido. Os barulhos continuavam. Puxei o cobertor devagar e olhei pro canto do quarto e lá estava a coisa. Agachada e me olhando. Parecia uma criança. Eu só queria gritar, mas não conseguia. Então, ele levantou e veio até mim. Pude ver seus olhos vermelhos me olhando. Chegou mais e mais perto. Senti um frio enorme e… ACABOU!

Não lembro o que aconteceu. Estou agora em pé no meu quarto de frente pra porta. Olhei pra cama e vi. Eu ME vi na cama. Estava seco, sem olhos e de boca aberta! Branco! Eu estava branco! Não conseguia acreditar.

Não entendia o que estava acontecendo, até que minha mãe abriu a porta berrando e topou com meu corpo por sobre a cama naquele estado mórbido e sem explicação.

Só então eu me dei conta. ELA HAVIA MENTIDO PRA MIM!

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